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As Galinhas
Nossos avós maternos Romeo Cremon e Rozina Della Colletta, vô Romeo e vó Rosa como eram carinhosamente chamados, viviam uma vida agitada e cheia de aventuras nas fazendas do interior de São Paulo. Eles moraram em várias cidades, com destaque para: Ibirá, Itajobi, Nhandeara e Vitória Brasil. Com o trabalho árduo nas lavouras de café e algodão, a rotina era sempre movimentada.
A vida do casal ficou ainda mais interessante quando, nos anos de 1940, em um único ano, tiveram que mudar de casa 13 vezes! Isso mesmo, uma média de mais de uma mudança por mês. A cada nova fazenda, novas histórias e desafios surgiam. Não tinham muitos pertences, apenas a roupa do corpo e alguns utensílios de cozinha, mas cada mudança era uma verdadeira operação.
Eram tantas mudanças que até as galinhas da família já sabiam o que estava por vir. Quando avistavam o caminhãozinho da mudança se aproximando, não havia dúvida: as galinhas viravam-
Cada vez que o caminhão chegava, era um evento cômico. Nossos avós corriam de um lado para o outro, organizando as poucas coisas que tinham, enquanto as galinhas, obedientes, esperavam sua vez de serem amarradas. O caminhão mal tinha espaço para todas, mas de algum jeito, sempre cabia tudo.
Durante uma dessas mudanças, nosso avô Romeo percebeu que tinham deixado uma galinha para trás. Ele voltou correndo para pegá-
As mudanças constantes acabaram se tornando uma parte engraçada das histórias familiares. Nossos avós maternos diziam que, se as galinhas podiam se adaptar, eles também podiam. Cada nova fazenda trazia não apenas trabalho, mas também novas amizades, desafios e risadas.
No final das contas, as aventuras de mudança dos nosso avós maternos são lembranças queridas, um exemplo de resiliência e bom humor diante das constantes mudanças da vida. As galinhas? Bom, elas se tornaram verdadeiras especialistas em mudança (aquelas que não foram para a panela), prontas para qualquer jornada que viesse. E assim, a vida seguia com uma pitada de risos e muito amor.