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O Caldeirãozinho
Por volta de 1941, no pacato vilarejo de Campos Salles, em Barra Bonita/SP, vivia Laurindo, um garoto esperto e cheio de energia. No entanto, ele tinha um problema: um moleque pentelho, chamado Tibúrcio, uma “sarna galega” como diziam os mais velhos, que adorava perturbá-
Um dia, Laurindo decidiu que já era hora de dar um basta nas provocações de Tibúrcio. Ele planejou uma vingança que seria lembrada por muito tempo. Sabendo que o pai de Tibúrcio era lavrador e trabalhava na roça e que Tibúrcio sempre levava a refeição para ele, Laurindo decidiu que essa seria a oportunidade perfeita para se vingar.
Assim, ele se escondeu no mato à beira da estrada, com seu estilingue em mãos, esperando pacientemente pela passagem de Tibúrcio. Quando finalmente avistou o moleque vindo em sua direção, carregando um caldeirãozinho (a marmita da época) com a comida do pai, Laurindo se preparou para agir.
Com uma pontaria precisa e muita destreza, Laurindo puxou o estilingue e mirou no caldeirãozinho. Ao soltar a pedra, acertou em cheio o alvo, derrubando o caldeirãozinho no chão e espalhando toda a comida pela estrada. Tibúrcio nem viu de onde veio a pedra certeira, ficou paralisado de surpresa, sem acreditar no que acabara de acontecer.
Enquanto Tibúrcio tentava desesperadamente juntar a comida espalhada, Laurindo saiu do seu esconderijo com um sorriso triunfante. "Agora você vai pensar duas vezes antes de mexer comigo, Tibúrcio!" exclamou Laurindo, satisfeito com sua vitória.
Tibúrcio, com o rosto enrubescido de vergonha e raiva, não teve outra escolha senão aceitar a derrota. A partir daquele dia, ele nunca mais mexeu com Laurindo, e as travessuras passaram a ser mais controladas.
No vilarejo de Campos Salles, a história da vingança de Laurindo tornou-
E assim, a paz reinou em Campos Salles, com as travessuras acontecendo de maneira mais amigável e sem ressentimentos. E, claro, sempre com uma boa dose de humor e histórias para contar.