Tico-Tico - Família Mendola - Da Sicilia para o Brasil! Embarque conosco nesta viagem...

Ir para o conteúdo

Menu principal

Tico-Tico

Contando Causos

Tico-Tico


Em meados de 1947, provavelmente no bairro da Cascatinha em Marília/SP, Laurindo Mendola e o amigo Antônio, eram famosos por suas peripécias. Na ausência de celulares e outras modernidades, eles se divertiam armando arapucas na mata para pegar passarinhos, ou seja, garotos raiz. A aventura não era apenas uma questão de passatempo, para pegar canarinhos, cardeais, mas também de garantir algumas rolinhas para a refeição.

Numa dessas empreitadas, Laurindo e Antônio tinham um desejo especial: capturar rolinhas suculentas para uma fritada no jantar. Porém, nem sempre a sorte estava a seu favor. Muitas vezes, ao verificarem as arapucas, encontravam tico-ticos, passarinhos que eles consideravam inúteis. E é aqui que a história ganha seu toque trágico, porém cômico.

Cada vez que os amigos encontravam um tico-tico na armadilha, caíam na rotina cômica de depenar o pobre passarinho antes de soltá-lo de volta na natureza. As plumas voavam como confete de carnaval, e os tico-ticos saíam andando desnorteados, parecendo ter saído de um salão de cabeleireiro muito experimental.

Certo dia, ao se depararem com mais um tico-tico na arapuca, Laurindo resmungou: — Lá vamos nós de novo, Antônio! Mais um tico-tico para depenar!

Os dois riram e repetiram o ritual. Enquanto isso, os passarinhos depenados causavam um alvoroço na mata. Parecia que uma nova moda tinha surgido: tico-ticos despenteados.

Anos mais tarde, os amigos cresceram e aprenderam sobre as travessuras de sua infância. Olhando para trás, riam das suas próprias tolices e dos dias em que a mata parecia um desfile de moda animal.

E assim, no pacato vilarejo de Marília/SP, a história dos amigos e seus tico-ticos estilizados se tornou uma lenda local, lembrada com carinho e muitas risadas.



Tico-Tico
Voltar para o conteúdo | Voltar para o Menu principal