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O Casamento

Contando Causos

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Em um vilarejo em Marília/SP, meados de 1946, as ruas de terra batida e as celebrações na roça eram o cenário perfeito para as aventuras do jovem João Mendola, conhecido carinhosamente como Joãozinho, e seus inseparáveis amigos, Zeca e Pedro. Certo dia, souberam que haveria um grande casamento na região, e que os convidados iriam ser transportados na carroceria de um caminhão, como era o costume do lugar.

Joãozinho, Zeca e Pedro, sempre em busca de uma boa travessura, tiveram uma ideia que consideraram genial. Eles se esconderam no mato ao longo da estrada onde o caminhão passaria. Com uma boa dose de criatividade e um senso de humor um tanto peculiar, pegaram sabugos de milho e passaram os mesmos em fezes de cachorro. O plano estava pronto.

Quando o caminhão passou, carregando os convidados que cantavam e riam na carroceria, os três amigos começaram a lançar os sabugos sujos sobre as pessoas. O alvoroço foi imediato. Gritos de surpresa e nojo ecoaram pelo caminho, enquanto os convidados tentavam se proteger dos inesperados "projéteis".

A confusão foi tanta que o caminhão acelerou, deixando os três amigos rindo até as lágrimas escondidos no mato. Eles consideraram o dia um sucesso completo, embora, secretamente, temessem as possíveis repercussões.

Passados alguns meses, Joãozinho estava no vilarejo quando foi abordado por um homem. Com um dedo acusador, o homem exclamou: — Olha aqui o galego que tacou os sabugos em nós!

Joãozinho, com o coração disparado, sabia que estava em apuros. Correu como nunca, pulando cercas e esquivando-se das pessoas, enquanto Zeca e Pedro, que assistiam de longe, riam da situação.

A perseguição foi intensa, mas Joãozinho conseguiu escapar por pouco, com a adrenalina correndo pelo corpo. E assim, a história dos sabugos sujos ficou marcada na memória dos moradores daquele vilarejo, uma lembrança cômica das travessuras de Joãozinho e seus amigos, Zeca e Pedro. Mesmo anos depois, ainda era motivo de risos e histórias contadas ao redor da mesa.


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